PREVENÇÃO

Seplag e parceiros promovem palestra de prevenção à hanseníase

Sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023 | Publicado às 12h01

Evento foi realizado presencialmente e transmitido pelo canal da Seplag no YouTube

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Foto: Cristiano Emanuel

A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MT), por meio da Coordenadoria de Segurança e Saúde no Trabalho (CSST), e em parceria com o MT Saúde, a Controladoria Geral do Estado (CGE) e as secretarias de Fazenda e de Segurança Pública realizou nesta quarta-feira (08) a palestra de Conscientização e Prevenção à Hanseníase com a infectologista e hansenóloga, Dra. Letícia Cavalcante.

O evento pôde ser acompanhado presencialmente pelos servidores no auditório da CGE e de forma online no canal da Seplag no YouTube. Uma equipe do MT Saúde esteve presente no local realizando a aferição de pressão e teste glicêmico dos participantes, bem como serviços administrativos realizados na sede do Instituto MT Saúde, como novas adesões, parcelamento de débitos, mudança de acomodação, apresentação da rede médica, entre outros.

Devido ao calendário de eventos da Seplag e da disponibilidade da palestrante, o evento foi realizado este mês, no entanto ocorreu em alusão ao Janeiro Roxo, cujo último domingo do mês é marcado pelo Dia Mundial da Luta contra a Hanseníase.

Com explicações científicas e desmistificando mitos e crenças sobre a doença, a hansenóloga ressaltou a importância do diagnóstico correto e precoce para iniciar o tratamento de forma adequada, de modo a garantir mais chances de cura aos pacientes acometidos, que por vezes acabam tendo sequelas pela evolução do quadro clínico avançado.

“Existe muito preconceito e é isso que a gente tem que quebrar. É uma doença normal como todas as outras, uma doença de gente para gente e que tem medicação e tem cura”, destacou Letícia.

 Hanseníase – como identificar

Causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, ou bacilo de Hansen, a hanseníase comumente é rotulada como uma doença de pele, quando na verdade, tem a repercussão na pele mas afeta e lesiona os nervos, causando a perda da força muscular. Em alguns casos é confundida com a fibromialgia e artrite reumatoide, o que torna mais lento o processo do diagnóstico.

A transmissão da bactéria se dá pelas vias aéreas e por contato íntimo, direto e prolongado com o infectado. Os sintomas mais comuns são as manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, perda de sensibilidade na região, queda de pelos e ausência de oleosidade no local da mancha, dores nos nervos, feridas que não cicatrizam, formigamento ou dormência. A perda da sensibilidade é mais evidente inicialmente na questão térmica (quente/frio), e posteriormente ao toque.

Popularmente conhecida como lepra, o termo é antigo e remete aos tempos bíblicos onde a enfermidade foi historicamente relatada. Entretanto seu uso é incorreto e ultrapassado, o que gera estigma e preconceito contra os pacientes acometidos, pois se trata de uma doença tratável e curável, sendo necessário quebrar os estereótipos da doença, como o do isolamento por exemplo, pois com medicações adequadas o paciente pode levar uma vida normal e sem risco de transmitir.

O tempo de incubação da doença está atrelado a demora do diagnostico, pois em alguns casos para constatar a manifestação dos primeiros sintomas visíveis demora cerca de 2 a 5 anos, até 10 anos em alguns casos.

No Estado de Mato Grosso, os índices de infecção são tidos como hiperendêmicos para a hanseníase há décadas. Neste contexto, o Estado trabalha para capacitar os profissionais na detecção precoce e melhor atender os pacientes. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) tem um projeto denominado “Mato Grosso em Redes: Cuidado Integral em Hanseníase”, que integra o plano de ações da saúde.

Para assistir a palestra acesse: https://www.youtube.com/watch?v=d4LuaD3pjt0


Fonte: Mariana da Silva | Seplag-MT