TEMPO É DINHEIROAuditorias da CGE e da Seplag apontaram 105 mil atendimentos fictícios no Ganha TempoTerça-feira, 01 de setembro de 2020 | Publicado às 16h34Operação bloqueou R$ 6,3 milhões das contas da empresa relativos a pagamentos que ocorreram entre março de 2018 e janeiro de 2020 Auditorias da Controladoria Geral do Estado (CGE) e da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) identificaram indícios de pagamento irregular de 105 mil senhas geradas pela empresa Rio Verde, que administra as sete unidades do Ganha Tempo em Mato Grosso. A senhas apontam para a existência de atendimentos fictícios, que custaram aos cofres públicos ao menos R$ $ 6.366,858,81, pagos entre março de 2018 e janeiro de 2020. O valor foi bloqueado judicialmente da conta da concessionária por conta da operação da Polícia Civil intitulada Tempo é Dinheiro, deflagrada nesta terça-feira (01.09). Conforme duas auditorias realizadas em 2019 pela CGE, a pedido do governador Mauro Mendes, há indícios de emissão de senhas para atendimento sem o atendimento ao cidadão. Pelo contrato, a emissão de senhas sem a prestação de serviços ocasiona em cobranças indevidas, já que a empresa recebe de acordo com a quantidade de atendimentos prestados. Do total de senhas, 10,8% são com registro de tempo de atendimento de até 30 segundos, o que, segundo auditores, seria impraticável para os 102 serviços oferecidos nas unidades do Ganha Tempo, ainda que considerando o serviço mais simples. Das 105 mil senhas, cerca de 60 mil possuem registros de tempo de atendimento de até 15 segundos. De acordo com dados do próprio sistema do Consórcio, têm média de atendimento de 34 minutos, como: justificativa de voto, negociação de débitos com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), emissão de título, solicitação de seguro-desemprego, busca de informações sobre programas sociais da Setasc etc. Os auditores identificaram que 99% das senhas registradas com tempo total de 30 segundos tiveram atendimento avaliado como ÓTIMO, o que determina que 12% das avaliações registradas como ótimas são dos atendimentos irregulares. A análise apresentada aponta que, excluindo as 105 mil senhas para as quais não houve atendimento, o valor pago por atendimento pelo Estado passa de R$ 13,88 para R$ 19,35, considerando a regra contratual que garante ao contratado o pagamento de no mínimo 80% da demanda prevista. Fonte: Redação | Secom-MT |