Tendo em vista a divulgação da realização do evento Seminário sobre Cenários Estratégicos para o Desenvolvimento de Mato Grosso, promovido pela Assembleia Legislativa em parceria com a Associação Mato-grossense dos Municípios, cabe aqui, ponderar a necessidade de se tomar como base técnica cientifica de referência para esta discussão, os estudos de cenários elaborados em 2006 e revisados em 2012, pela equipe de planejamento do Governo do Estado, com o apoio da consultoria MULTIVIS¿?O.
?Os estudos de cenários, que qualificam e inovam o processo de planejamento estratégico, tem como produto final, a identificação de possíveis cenários alternativos no nível internacional, nacional e estadual, a partir da identificação, análise de comportamento e tendências das principais variáveis (incertezas criticas) de natureza externa e interna, que podem impactar o processo de desenvolvimento de um território, onde o aproveitamento de oportunidades e a neutralização de ameaças, podem ser potencializadas ou enfrentadas, a partir de uma ação coletiva, proativa e antecipada da sociedade em questão.
Assim durante os estudos, foram identificados as principais variáveis, cuja evolução e comportamento definirão os futuros cenários de desenvolvimento de Mato Grosso, e que, portanto devem ser objeto de monitoramento permanente, no contexto internacional, nacional e estadual , com destaque para o grau de estabilidade da economia mundial; as inovações na ?política educacional e tecnológica , a melhoria do ambiente micro- econômico com as reformas estruturais e a capacidade de gestão pública do Estado.
De uma maneira geral, de acordo com os estudos realizados para o Estado de Mato Grosso,? identificou-se basicamente dois cenários futuros:
Cenário A ¿?? ?Crescimento Econômico alto e sustentável , com conservação ambiental , estrutura produtiva diversificada e cadeias produtivas com agregação de valor, melhoria da qualidade de vida e desconcentração regional.
?
Cenário B ¿?? Crescimento econômico moderado, com persistência da degradação ambiental, estrutura produtiva levemente alterada com baixa agregação de valor, nível moderado de qualidade de vida e concentração econômica regional.
Assim, não podemos concordar que o Estado não possua um planejamento estratégico, pois o governo estadual e federal, tem investido significativamente na sua elaboração, nos últimos anos, inclusive através da contratação de consultorias especializadas, que vem subsidiando os processos de elaboração de planos, nas diversas esferas da administração pública.
Portanto, o problema de Mato Grosso, não é a falta de planejamento estratégico, mais sim a falta de praticar o modelo de excelência da gestão pública, que vem sendo construído e aperfeiçoado desde a reforma do Estado (1995) e que promove uma gestão com resultado efetivo na direção das metas definidas.
Sem dúvida, a análise posta, nos aponta a necessidade de se intensificar a condução desse processo de forma proativa e participativa, de forma articulada entre estado, sociedade civil e mercado.
Esta é a hora de se praticar efetivamente o modelo de gestão do estado, acima dos interesses partidários, corporativos e individuais, na direção de se captar os recursos necessários para os projetos prioritários já identificados nos planos elaborados, viabilizando-os definitivamente.
¿? perfeitamente possível, criar as bases de governabilidade e governança para o futuro, pois os recursos humanos e as condições estruturais e ambientais para esta realização existem, basta uma decisão das lideranças, em priorizarem uma gestão voltada para resultados, com fundamento na difusão, implementação ?e aperfeiçoamento do planejamento já elaborado.
*Engº. Agrº. Álvaro Lucas do Amaral, mestre em ambiente e desenvolvimento regional, especialista e consultor em planejamento e gestão estratégica ?????? ?