PrevençãoSaúde alerta população para ocorrência de meningite neste período de chuvasSexta-feira, 13 de janeiro de 2012 | Publicado às 13h31Pedro Alves- Assessoria/SES-MT
A Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) alerta a população de Mato Grosso para os cuidados a serem tomados com as meningites. No período das chuvas as pessoas costumam ficar mais aglomeradas. Esta época do ano é propícia para a disseminação das meningites meningocócicas e haemophilus (sendo as formas mais graves da doença). Dados de Mato Grosso apontam que no ano de 2012 até esta quinta-feira (12.01) foram confirmados cinco casos de meningite do tipo meningocócica, e um caso suspeito do tipo haemophilus (bacteriana) que está sob investigação. Dos cinco casos confirmados, dois são de Cuiabá (1 cura e 1 óbito), dois de Jaciara, um de Alto Araguaia. O Caso sob investigação é do município de Colíder. No ano de 2011 foram notificados 206 casos de todos os tipos de meningites, sendo 25 casos de meningite meningocócica e 36 da bacteriana. Houveram 31 óbitos gerais. Desses óbitos nove são do tipo meningocócica e quatro da bacteriana. A gerente de Vigilância Epidemiológica da SES/MT, Valéria Cristina da Silva, informou que "embora as meningites se manifestem durante o ano inteiro, sua ocorrência aumenta em períodos de inverno e chuvoso, quando as pessoas costumam ficar dentro de ambientes fechados que facilitam a transmissão da doença. É importante manter o ambiente arejado sempre, com boa ventilação e entrada da luz solar. Nestas condições é mais difícil a transmissão da doença". A doença é uma infecção dos tecidos que envolvem o cérebro e a medula espinhal, também chamados de meninges. Existem vários tipos da doença, porém as que preocupam a Saúde Pública são as que provocam risco maior à saúde humana e podem até levar à morte, que são as meningites meningocócicas e haemophilus, que podem ser transmitidas em contato de pessoa a pessoa por meio de saliva, respiração, tosse, beijos e até pelo simples ato de falar. A meningite viral não é transmissível. É uma infecção viral podendo ser causada pelos vírus do sarampo, da caxumba e até do herpes comum. Geralmente nas meningites virais a evolução é benigna, havendo melhora do quadro. As pessoas em contato íntimo com pacientes portadores da meningite viral não precisam fazer uso de antibióticos para a prevenção, mas devem lavar as mãos com frequência, com água e sabão. Uma outra preocupação colocada pela técnica do Estado é com relação as crianças. "Os pais devem atualizar as coberturas para as vacinas BCG, tríplice viral e tetravalente em crianças menores de 05 anos, na proteção da saúde de seus filhos uma vez que 90% dos casos de meningite haemophilus ocorrem na faixa etária de três meses a quatro anos", disse. Valéria Cristina reforçou ainda a atenção para as pessoas que moram sob o mesmo teto, dormem no mesmo quarto ou estudam na mesma sala de aula (no mesmo período) que doentes com meningites meningocócicas e haemophilus precisam ser protegidas com antibióticos específicos fornecidos pela Vigilância Epidemiológica municipal para combater o perigo de transmissão da doença. MENINGITES - A doença é uma infecção dos tecidos que envolvem o cérebro e a medula espinhal, também chamadas de meninges. Existem vários tipos da doença, porém as que preocupam a Saúde Pública são as que provocam risco maior à saúde humana e podem até levar à morte, que são as meningites meningocócicas e haemophilus, que podem ser transmitidas em contato de pessoa a pessoa por meio de saliva, respiração, tosse, beijos e até pelo simples ato de falar. As meningites virais podem ser causadas por diversos vírus, entre eles o do sarampo, da caxumba e até do herpes comum. Geralmente nas meningites virais a evolução é benigna, havendo melhora do quadro. As pessoas em contato íntimo com pacientes portadores da meningite viral não precisam fazer uso de antibióticos para a prevenção. SINTOMAS - Os principais sintomas das Meningites, em crianças maiores de um ano e adultos, são: febre alta, vômitos em jato, dor de cabeça intensa, rigidez de nuca, prostração, convulsões e manifestações hemorrágicas subcutâneas (sangramento debaixo da pele). Esses sintomas devem ser observados todos, ou quase todos, ao mesmo tempo. Em crianças com menos de um ano devem ser observados febre alta, irritabilidade e choro intenso e o abaulamento da fontanela ("moleira" alta). A recomendação é que, sempre que sejam identificados esses sintomas, seja procurada uma Unidade de Saúde mais próxima da moradia do doente que o encaminhará para os hospitais de referencia no tratamento da infecção. PREVENÇÃO - A principal medida de prevenção recomendada aos pais é a manutenção do calendário de vacinação das crianças atualizado. A vacina BCG protege as crianças das formas graves da tuberculose, como a meningite por tuberculose. A vacina tetravalente (difteria, tétano, coqueluche e haemophilus influenza B), evita que se tenha meningite por haemophilus influenza B e a vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), confere a proteção contra a principal complicação da caxumba que é a meningite. A vacina pneumocócica 10V protege contra meningites causadas por este agente. Para crianças acima de 01 ano, adolescentes, jovens e os adultos os métodos de prevenção incluem evitar aglomerações, manter as casas e outros locais frequentados (escolas, creches, salas de reuniões, dentre outros) sempre bem ventilados e ensolarados e manter medidas de higiene pessoal (lavando constantemente as mãos, especialmente ao usar o banheiro e antes de se alimentar) e higiene do lar. VACINAS meningocócicas - As Meningites Meningocócicas podem ser causadas por vários sorogrupos dessas bactérias (A, C, Y e W135). Conforme informações do Ministério da Saúde ainda não estão disponíveis no Brasil vacinas contra todos os sorogrupos, sendo disponíveis apenas para os sorogrupos A e C (polissacaridea, ineficaz em menores de 2 anos ) e a vacina conjugada contra o Meningococo tipo C, sendo implantada a partir do ano de 2010 na rotina do Calendário Vacinal para menores de 2 anos de idade. A indicação de vacinação para toda a população em casos de surtos só ocorre após análise conjunta das Secretarias Municipais de Saúde, Secretaria de Estado de Saúde e do Ministério da Saúde.
Fonte: CIDA CAPELASSI - Assessoria/SES-MT |