Infraestrutura

Governo do Estado articula ligação entre as ferrovias Oeste-Leste (Fiol) e Centro-Oeste (Fico)

Sexta-feira, 06 de janeiro de 2012 | Publicado às 20h06

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Lenine Martins/Secom-MT

Visando criar alternativas para o escoamento da produção mato-grossense e atrair investimentos, Mato Grosso articula com os governos da Bahia, Distrito Federal e Goiás a ligação entre a Ferrovia Integração Oeste-Leste (Fiol) e a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico). Com isso, Mato Grosso também teria como opção o escoamento pelo porto de Ilhéus, na Bahia.

O secretário extraordinário de Estado de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transporte (Selit), Francisco Vuolo, explica que a Fiol já está em construção e vai ligar o porto de Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO). Um dos objetivos do Estado é criar um ramal ainda em território baiano, levando os trilhos até Campinorte (GO). Com a ferrovia chegando a Goiás, seria possível uma interligação com a Fico.

Uma malha meridional como essa, acrescenta Vuolo, tem a força de cinco Estados – Rondônia, Mato Grosso, Distrito Federal, Goiás e Bahia -, fortalecendo a conclusão da Fiol e as reivindicações pelas obras da Fico. Reuniões com secretários desses estados já foram realizadas, contando também com a participação das respectivas federações das indústrias.

O próximo passo, lembra o secretário, é se reunir com a Valec Engenharia, Construções e Ferrovia para pleitear a proposta de ligação da Fiol até Campinorte (GO) e também colocar como prioridade o início da Fico, que irá Campinorte à Vilhena (RO). Ainda este mês será agendada a reunião.

“Hoje nós só temos a saída por Santos (SP), no futuro teríamos a alternativas pelo porto de Itaqui, em São Luís (MA), por Santarém (PA) e pelo porto de Ilhéus (BA), as três principais alternativas”, completa Francisco Vuolo.

Quanto à suspensão dos processos para a execução da Fico, o secretário frisa que o papel do Estado é de acompanhar e cobrar celeridade, pois “essa ferrovia cumpre um papel fundamental no desenvolvimento de uma região que hoje já produz muito, que é a região do Araguaia, e que poderá produzir ainda mais”.


Fonte: CAROLINE LANHI - Redação/Secom-MT