NOTÍCIAS FALSAS

População pode impedir propagação de fake news nas mídias sociais

Segunda-feira, 15 de outubro de 2018 | Publicado às 19h43

Os autores de fake news poderão responder por comunicação falsa de crime ou denunciação caluniosa

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A disseminação de notícias falsas, as chamadas fake news, tem colocado a vida de pessoas inocentes em risco, em função da rapidez com que estas veiculações tomam as mídias sociais e por criarem uma verdade que não existe. Segundo informações de técnicos da Adjunta de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), uma solução para frear o avanço de notícias falsas é checar a fonte e, em caso de dúvida se o assunto é verdadeiro ou não, o correto a fazer é não compartilhar.

Nas últimas semanas, o estado de Mato Grosso foi alvo de algumas fake news, que colocaram as forças de segurança em alerta. Um dos casos apontava uma onda de sequestros de crianças e adolescentes em Cuiabá e Várzea Grande. Contudo, a Polícia Judiciária Civil confirmou que apenas um Boletim de Ocorrência foi registrado sobre o caso em Cuiabá, onde a mãe narra que tentaram levar sua filha enquanto passava por um ponto de ônibus, na região do Residencial Aricá. A denunciante já foi ouvida pela polícia.

Ainda sobre o caso, a Polícia Judiciária Civil informou que não há nenhum registro de criança desaparecida na região metropolitana, junto ao Núcleo de Pessoas Desaparecidas, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP).

Diante dos fatos que envolvem notícias falsas, a Coordenadoria de Infraestrutura Estratégica da Sesp apontou alguns cuidados a serem tomados pelos usuários da rede mundial de internet.

O primeiro deles é ler com atenção a notícia e não focar só no título, pois segundos os técnicos, há sites voltados só para criar notícias falsas e o artifício para atrair leitores é criar chamadas de impacto e o texto não conter nenhum embasamento lógico.

Outro cuidado é checar a fonte. Quando o usuário receber uma informação pelo aplicativo de mensagem, como o WhatsApp, que apareça a chamada da matéria e logo abaixo o endereço do site (URL) e um resumo do título, o correto a fazer é verificar se o site é confiável.

O terceiro passo é constatar se a informação recebida já consta em veículos de comunicação oficial, seja ele nacional ou local, dependendo da amplitude da notícia. A quarta instrução é fazer buscas por sites de checagens livres. Há vários disponíveis no mercado, a exemplo de boatos.org, aos fatos, projeto comprova, dentre outros.

A quinta instrução é que os sites oficiais apresentam um cadeado na barra de notícia (região superior da tela). Essa é uma medida a ser verificada pelo usuário. A sexta pontuação da equipe de inteligência da Sesp aponta que apesar do número de fake news ser predominante nas mídias sociais, a sociedade tem o poder de ampliar a divulgação de um boato. “Uma pessoa que ouviu falar algo e sai reproduzindo a informação, por exemplo, é uma das atitudes que mobilizam esforços e causam pânico desnecessário”.

Ainda segundo os técnicos, de todos os cuidados enumerados, o mais importante deles é o bom senso e o zelo ao próximo. “O cidadão precisa ter a consciência que uma pessoa inocente ser envolvida em uma história falsa acarretará em danos social, moral, psicológico e até mesmo à vida".

Os autores de fake news poderão responder por comunicação falsa de crime ou denunciação caluniosa.

Medidas importantes

1 – Leia com atenção a notícia recebida antes de compartilhar

2 – Checar a fonte da notícia

3 – Pesquise se a informação recebida já consta em veículos de comunicação

4 – Faça busca em site de checagem que estão disponíveis gratuitamente

5 – Verificar se o site que a notícia foi divulgada é um canal oficial

6 – Evitar reproduzir boatos que se sabe a procedência

7 – Bom senso na hora de compartilhar informações


Fonte: Sesp-MT