POLÍTICA

Silval Barbosa e bancada federal de MT buscam solução para Suiá-Missu

Governador Silval Barbosa, em reunião com a bancada federal em Brasília

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Brasília/DF - O governador Silval Barbosa reuniu-se nesta quarta-feira (11.07) com a bancada federal, em Brasília, no sentido de pedir apoio para evitar um eventual conflito na região do Vale do Araguaia, por conta da determinação judicial para retirada dos posseiros da gleba Suiá-Missu, demarcada como área indígena da etnia xavante.

A reunião aconteceu no gabinete do senador Jaime Campos e ficou definido que os parlamentares vão autuar junto com o governo de Mato Grosso na busca de uma solução pacífica, principalmente para que o governo Federal volte a analisar a proposta do Estado.

Silval Barbosa lembrou que o Estado está propondo uma permuta entre a área atual, de 152 mil hectares, já totalmente antropomorfizada pela cultura do homem não-índio, com algumas famílias instaladas há mais de 25 anos no local, por outra área, também localizada na região Araguaia, com 225 mil hectares, rica em recursos naturais e situada entre o rios das Mortes e Araguaia.

"Pedimos aos parlamentares que nos ajudem no sentido de se evitar um confronto entre índios e não-índios", disse Silval Barbosa. Ele informou também que já pediu à Procuradoria do Estado a se habilitar no processo e que o Estado faça parte do mesmo, já que foi o Estado que emitiu os títulos de regularização para essas famílias que lá estão instaladas.

A área de Suiá-Missu está em litígio desde 1993, quando foi demarcada como reserva Marãiwatsede. O TRF 1ª Região, no mês passado [junho], cassou a liminar que mantinha as famílias de produtores no local e determinou à Fundação Nacional do Índio (Funai) que apresente um plano de retirada das famílias até o dia 16 mês corrente [julho].

Durante a reunião, também ficou definido que a bancada, juntamente com o governador, deverá procurar o apoio do presidente do Senado, senador José Sarney, para auxiliar na resolução do conflito.

Além do senador Jaime Campos participaram os deputados Wellington Fagundes, Julio Campos, Eliene Lima, Pedro Henry, Valtenir Pereira e Victório Galli.